30 de agosto de 2010

Vila Nova Cachoeirinha - Introdução

O bairro de Vila Nova Cachoeirinha (nome que foi posteriormente abreviado no uso popular para Cachoeirinha), distrito localizado na zona norte do município de São Paulo, tem sua data de aniversário oficial no dia 05 de agosto de 1933– a mesma da fundação da Associação Nipo Brasileira, a primeira organização popular local e que foi criada por antigos donos de chácaras, de origem nipônica, com o objetivo de organizar e unir a população local e preservar a sua cultura.

A região cresce cada vez mais, porém, os contrastes estão presentes. Em meio á paisagem agitada do bairro, a população convive com construções inacabadas.

Entre os aspectos positivos que representam a região se pode citar o crescimento da rede bancária, a instalação de escolas de idiomas e informática que chegaram na região e também uma faculdade, entre outros novos empreendimentos comerciais e também imobiliários.

Mas há muito o que fazer neste bairro em intenso crescimento, principalmente na área social. Saúde, educação, cultura, segurança e habitações são as maiores deficiências.

A História: Vila Nova Cachoeirinha

O levantamento da história do bairro foi realizado há cerca de 10 anos e publicado no em Jornal Freguesia News/Santana News/Folha do Limão pelo seu editor, Célio Pires. A definição da data comemorativa (05 de agosto de 1933) foi oficializada junto a Câmara Municipal por indicação do então presidente do Lions Clube local, professor Ivan Lima.


1 – CACHOEIRA

A história de um bairro revela aspectos interessantes e elucidativos que explicam a atualidade. O nome da Cachoeirinha, por exemplo, deve-se ao fato de ter existido – em época passada – uma cachoeira que, infelizmente, foi soterrada para dar passagem à avenida Inajar de Souza, e que servia como área de lazer e de piquenique para os moradores.


2 – RIACHO

Moradores antigos consultados lembraram que existia, onde é hoje o Largo do Japonês, um riacho que desembocava mais à frente, onde hoje passa a avenida Inajar de Souza (córrego Cabucú). "Perto da Maternidade existiam lagos e a Cachoeirinha, que atraía muita gente nos finais de semana".

3 - 1º LOTEAMENTO

O primeiro loteamento da Cachoeirinha teve início em junho de 1941. Um dos primeiros terrenos vendidos foi o da esquina das hoje denominadas avenidas Deputado Emílio Carlos e Imirim, mas já havia por ali um núcleo de moradores, arrendatários e trabalhadores das chácaras, que plantavam batatas e hortaliças.


4 – COMÉRCIO

Por volta de 1944 nasceu no Largo do Japonês a primeira casa comercial do bairro, e pertencente á família de imigrantes Sushiyama. Outra antiga "venda", como eram conhecidos os mercadinhos daquela época, foi a de Shigheioshi Otiai, no largo da Parada (onde funcionou o Supermercado Otiai).

5 – NIPÔNICOS


O bairro de Vila Nova Cachoeirinha tem forte ligação com a colônia japonesa, ali presente bem antes de o bairro ser loteado. Só a Associação Cultura Esportiva Nipo Brasileira, sediada na Avenida Penha brasil, tem 77 anos de atividades. Foi fundada em 1933, pelas famílias Otiai, Fujihara, Okuyama, Tabusi, Oshimoto, Omae, Tanaka, Yoshita, Kodato, Sato, Ishimoto e Fumura. O primeiro presidente foi Kishi Sodato, tendo como vice Okuyama Shogoro.


Noriyochi Fukuiya, Sozi Omae, Tyoki Yara, Takeyoshi Yamashita, Nelson Otiai e Schigueyoshi Yamashita, filhos dos primeiros japoneses pioneiros do bairro lembraram o tempo de criança, quando a Vila Nova Cachoeirinha "era só mato" e eles tinham que ir a pé até o Bairro do Limão para estudar.

"Eram mais de cinco quilômetros para ir e outro tanto para voltar, todos os dias, e a gente tinha a idade de oito anos, não havia outra opção", lembrou Kozi Omae.

Os pequenos japoneses eram perseguidos e xingados por outras crianças no caminho, devido á guerra, a ignorância e o preconceito existente então contra "japoneses". Tyoki Yara disse que agora a situação é outra, "é reconhecido o valor dos japoneses e essa é a nossa pátria, não tem outra".

Todos eles fizeram questão de destacar as dificuldades sofridas por suas famílias nos primeiros anos de Brasil e a obstinação dos imigrantes pelo trabalho e pela ordem. A força de vontade foi tão grande, disse Tyoki Yara, "que não existia nenhum analfabeto entre os filhos dos imigrantes, apesar de termos que andar mais de 10 quilômetros diários para irmos á escola".

Noriyochi Fukuiya, que na época era presidente da Associação Nipo-Brasiliera, disse que o clube levava adiante as propostas iniciais dos fundadores e antecessores: a preservação da cultura tradicional japonesa, através de atividades culturais e esportivas, como ensino do idioma japonês, formação de equipes de vôlei, futebol de salão, tênis de mesa e judô.

A associação foi fundada em 1933 e a nova sede tem dois andares, com 530 m² de área construída; foi inaugurada em 1985, durante a gestão de Kozi Omae, filho de Gunzaburo Omae, um dos fundadores.

Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso

Inaugurado em 27 de março de 2006, o Centro Cultural da Juventude(CCJ) é o maior centro público paulistano dedicado ao interesses dos jovens.

Em governos anteriores ao atual, no lugar do CCJ havia um esqueleto de um prédio abandonado, ninguém sabia o que seria construído no lugar. Pessoas tinham medo de passar próximo ao local pelo fato de ter sido um ponto de prostituição, violência e tráfico de drogas. Houveram projetos de ser construído no local uma Escola Técnica (ETEC), porém, preferiram o centro cultural.
Segue abaixo informações sobre os espaços oferecidos pelo lugar.
  • Oficina: Espaço onde pode se realizar trabalhos escolares, etc. Agendamento com 15 dias de antecedência.

  • Área de convivência: Espaço livre com mesas, para jogar, se entreter, ler, entre outros.

  • Exposição: A cada dois meses, há uma exposição de pessoas que se inscrevem. Nos meses de Julho e Agosto foi a exposição de Barbosa.

  • Espaço Internet: Acesso à Internet gratuito.

  • Biblioteca: De literatura nacional à estrangeira.

  • Espaço saral: Lugar onde se realizam palestras de variados temas.

  • Laboratório de pesquisa: Acesso à Internet Wireless por uma hora ao dia.

  • Área de idiomas: Espaço para o aprendizado de idiomas, livre acesso a dicionários e CDs para uso.

  • Gibiteca: Pode se encontrar variados gibis para ler-se no local.

  • Sala de animação em 3D e sala de edição e áudio: São duas salas diferentes que oferencem cursos sobre os temas.

  • Sala de reunião: Reunião com antecedência.

  • Estúdio: Pode-se gravar suas próprias músicas, com a avaliação de um profissional.
Site do CCJ: http://ccjuve.prefeitura.sp.gov.br/

Entrevista: Base Policial da Vila Nova Cachoeirinha

A entrevista foi concedida pelo Soldado Teixeira que trabalha há 18 anos na Polícia, e há um ano na Base Policial da Vila Nova Cachoeirinha. (Entrevista por: Marcio da Silva, Rodrigo Turatti, José Vitor e Lucas Soares. Edição e revisão: Marcella C. - 1º EMA)

Alunos do 1º ano A foram até a Base Policial da Vila Nova Cachoeirinha, localizada no no Largo do Japonês (Praça Manuel da Costa Negreiros) e entrevistaram o Soldado Teixeira. Segue a entrevista:

Pergunta: Como é feita a segurança do bairro?
Resposta: A segurança do bairro de Vila Nova Cachoeirinha é feita através de viaturas que circulam pelo bairro e por policiais a pé.

P: Quais são as áreas de mais risco do bairro?
R: As áreas de mais risco do bairro são as áreas de grande movimentação, como por exemplo, áreas próximas de lojas e bancos.


P: Quais são os tipos de crimes mais comuns no bairro?
R: São os furtos de carros, motocicletas e de dinheiro em agências bancárias. Há também no bairro muitas ocorrências em lanchonetes, onde clientes comem e depois alegam que não tem dinheiro para pagar ou que o preço era outro, gerando muitos tumultos.


P: O que a população deve fazer para se proteger?
R: Algumas dicas para se prevenir são: não falar ao telefone no meio da rua, tomar cuidado para não deixar carteiras, relógios e outros objetos de valor a vista e não dar atenção a pessoas que te perguntam horas ou se você tem telefone.

P: Quais são os horários das rondas policiais?
R: As rondas são feitas a toda hora, mas, devido às ocorrências, os policias se deslocam para distritos policiais e podem demorar horas, fazendo assim a viatura ficar parada.

P: Em termos de segurança, o bairro de Vila Nova Cachoeirinha pode ser considerado como?
R: Esse bairro é considerado perigoso devido ao grande número de roubos, mas quanto a crimes de alta gravidade, como sequestros e assassinatos, o bairro é considerado tranquilo.

Praça Manuel da Costa Negreiros e Base Policial em reforma.

O Futuro - Metrô pode não ser apenas mais um sonho

A Zona norte, e em especial o Bairro Vila Nova Cachoeirinha, não para de crescer.
As obras serão iniciadas no ano que vem (2011) e as primeiras estações serão entregues em 2012. O projeto tem conclusão prevista para 2015.


Futura Linha (6) Laranja Metropolitana (Zona Norte de São Paulo)


* Podem haver mudanças no projeto, essas informações não são concretas ainda.